quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

(continuação)

Depois de não pensar durante dias, de terem evaporado silenciosamente suas lágrimas, de ter brotado dentro de si um sorriso sereno, agradecido ao acaso que bem sabe o que faz, ela resolveu começar de novo, escrevendo: Eu confio...
E, de repente, o peso, os suspiros vacilantes, o nó na garganta azul clara esvaneceram-se, como um pássaro que é solto e voa livre sem saber pra onde vai, como um rio que chega ao mar e se dissolve na imensidão, como uma gota de chuva que penetra o solo sedento da saliva do universo... como um vislumbre da verdade mais profunda, que desaparece em menos de um segundo...
Então, guardou sua pena e foi viver os doces momentos dos quais a vida é feita.

Um comentário:

Anônimo disse...

Cada vez melhor e mais verdadeiro tudo que você escreve... Quem estásem palavras sou eu... :***