sábado, 1 de janeiro de 2011

Amanheceu o novo ano!

Lágrimas nos olhos, emoções, fogos de artifício, batuque, água, gente, orixás, velas, champagne, flores, incensos, desejos, muitos desejos, principalmente o desejo de saber desejar. E eu. Eu sozinha e inteira.
E depois que as velas queimaram, que as flores foram ofertadas no lago, depois de contemplar mamãe Oxum (com a espada na mão - que eu descobri que sou filha daquela Oxum que também é Iansã!), de vibrar com cada explosão de fogos, comi um acarajé, olhei tudo em volta e, antes que a chuva fina ficasse mais grossa, atravessei a ponte Costa e Silva, entrei no carro estacionado longe e voltei pra casa. E no meu caminho de volta eu me senti tão bem, tão inteira que eu pensei: a iluminação deve ser algo parecido com isso. Não há falta, só completude.
Acho que no final, nos últimos minutos do ano eu consegui realizar o meu desejo primordial de 2010: aprender a solitude.
Gratíssima ao uni-verso, infinitamente criando poeticamente o novo.

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