Cá estou, de volta ao mundo,
à tenra matéria, ao desejo imaculado
e nutridor dos sentidos e sentimentos.
Paixão me alimenta
Devaneios felizes me reconstroem
Delírios ébrios e sonolentos me despertam a alma,
a malícia, a vontade, os arrepios sorridentes...
Sinto o passeio da imaginação pelo meu corpo
Que contrai e alucina
Doce rapaz de voz que me tira sorrisos desavisados e suspiros manhosos,
quase imperceptíveis...
Quem dera soprasses o vento quente dos teus beijos
no meu pescoço e na minha nuca descoberta,
e, sem querer, me fulminasses com teu olhar duvidoso,
tão certo do desejo inegável e do calor que te sobe
quando disponho minhas energias serenamente fervilhantes
em carícias descuidadas, inicialmente tímidas,
futuramente arrebatadoras, sedentas e mui amorosas...
Ai, ai...
Cá espero, mais uma vez, sem pudores -
Vênus paciente e apaixonada que (e)s(t)ou.
Amanhã já não sei...
Amanhã, uma gota desse sussurro rouco de Eros me contentaria,
Talvez...
Um comentário:
De volta ao mundo na realidade da carne, dos seus desejos... enquanto que para alguns os desejos da nossa carne, tão sutil matéria, são devaneios, aos teus olhos de poeta é concreta realidade, algo racional eu diria... eu senti isso, e amei garota! 10! Beijão.
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