Ele me deu suas mãos,
e nelas corriam rios feitos de suor ansioso e tímido.
Eu quis que eles desaguassem em mim como em um mar preguiçoso...
Ele leu muitas linhas de alguns livros guardados
(e até das minhas próprias mãos).
Deles escorriam poesias perfumadas por seu hálito lírico.
Eu escutei atenta, enquanto uma parte de mim mal prestava atenção:
Só queria admirar e estar feliz.
Feliz por quase nada...
Talvez porque da boca dele saíssem versos e beijos.
Ele olhou para mim e enxergou luz nas minhas sombras
Eu refleti mais luz por causa disso,
e o sorriso dele (que havia estado temporariamente desbotado),
de repente se iluminou.
(Muitas cores suaves dançaram em volta deles,
enquanto risadas feitas de fumaça leve os entorpecia.
Uma alegria inevitável e espontânea os convidou a dizerem sim,
depois de um tempo de muitos nãos.)
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