segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Aqueles beijos

Lembrei daqueles beijos
como se caíssem sobre mim centenas de jasmins frescos.
Cada centímetro da minha face tocada,
todos os suspiros contentes e infantis
me despertaram lágrimas
que eu não sabia ainda guardadas para você...

Que saudade triste da inocência perdida eu senti!
saudade de terem sido seus beijos
como uma delicada chuva de pétalas cheirosas
que coroaram aquele momento,
onde fomos anjos e crianças misturados
na alegria do reencontro...

Hoje enxugo o choro que corre como rio,
e, em homenagem aos doces momentos que existiram,
guardo um buquê de lembranças perfumadas,
porque assim deve ser...
porque assim,
fica tudo mais bonito...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Aérea

Um furacão brincando de ser brisa nos seus cabelos
Rodopio e embaraço.
Cochicho segredos nos seus ouvidos
e espalho aos quatro ventos palavras intraduzíveis
para quem não sabe in-ventar...
Danço, balanço na velocidade que o mundo gira,
Me canso da monotonia das voltas exatas.
Elíptica, incerta, redemoinho alegre,
Sopro o ar quente dos trópicos pelos poros ardentes
E me deixo levar,
flutuando entre as nuvens,
meus olhos sorriem macios...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Escrito apaixonado

Cá estou, de volta ao mundo,
à tenra matéria, ao desejo imaculado
e nutridor dos sentidos e sentimentos.
Paixão me alimenta
Devaneios felizes me reconstroem
Delírios ébrios e sonolentos me despertam a alma,
a malícia, a vontade, os arrepios sorridentes...
Sinto o passeio da imaginação pelo meu corpo
Que contrai e alucina
Doce rapaz de voz que me tira sorrisos desavisados e suspiros manhosos,
quase imperceptíveis...
Quem dera soprasses o vento quente dos teus beijos
no meu pescoço e na minha nuca descoberta,
e, sem querer, me fulminasses com teu olhar duvidoso,
tão certo do desejo inegável e do calor que te sobe
quando disponho minhas energias serenamente fervilhantes
em carícias descuidadas, inicialmente tímidas,
futuramente arrebatadoras, sedentas e mui amorosas...
Ai, ai...
Cá espero, mais uma vez, sem pudores -
Vênus paciente e apaixonada que (e)s(t)ou.
Amanhã já não sei...
Amanhã, uma gota desse sussurro rouco de Eros me contentaria,
Talvez...